domingo, 4 de dezembro de 2016

GATMI encerra seu ano de estréia com seu 2º Torneio - Grupo promete expandir-se em 2017

No ultimo domingo (04), ocorreu a segunda edição do Torneio de Tênis de Mesa da GATMI, que foi realizado em Itapevi para encerrar o ano de estreia do novo grupo de Tênis de Mesa da Região. Com a finalidade de divulgar e promover o esporte na região Oeste onde a modalidade não é tão explorada, o grupo promete ampliar ainda mais suas idéias em 2017.

Pódio do 2º Torneio GATMI - Campeão:Will  2º Lugar: Antonino, 3º Lugar: Dênis, 4º Lugar: Igor / FOTO: GATMI

Fundado em 2016, o GATMI (Grupo Amador de Tênis de Mesa de Itapevi) veio com o objetivo de difundir e ampliar a modalidade na região Oeste onde o Tênis de Mesa ainda não é tão explorado.
Aproveitando a ascensão que a modalidade adquiriu desde os jogos olímpicos Rio 2016, Ramon Felix - amante e praticante da modalidade - decidiu que era a hora ideal para que fosse feito algo que expandisse a modalidade na região:
— Quando os jogos Rio 2016 foram televisionados, eu vi que era uma boa hora para fazer algo diferente e que somasse com a modalidade, afinal o conceito de "Ping Pong" tomara um novo rumo para os não praticantes que acompanharam o ótimo empenho da equipe brasileira pela mídia e passaram a entender o que realmente era o Tênis de Mesa.

Premiação do primeiro Torneio GATMI
Sabendo que não seria fácil atrair público, Ramon tomou uma iniciativa um tanto quanto arriscada em alguns aspectos organizando seu primeiro Torneio em uma escola local em parceria com o projeto escola da Família, porem cobrando um valor simbólico de inscrição entre os participantes convertendo na personalização da premiação.
 — Nós tínhamos contatos com excelente atletas da região que já praticam a modalidade em um ótimo nível, porem sabíamos que fazer um torneio em uma escola, apesar de ter um enorme público que prestigiaria o evento ( o que é nossa ideia principal), teríamos um problema se fosse gratuito, pois muitos se inscreveriam e participariam apenas por participar tirando um pouco do brilho e ideia principal do evento, então decidimos  cobrar um valor simbólico na inscrição apenas para que fosse confeccionado uma premiação personalizada e de qualidade, assim até mesmo atletas de um bom nível ficariam interessados em participar, afinal quem não gosta de ter troféus bonitos em sua coleção? 

Apesar do receio pelo fato do pioneirismo do primeiro torneio, a GATMI teve grande êxito em seu  evento atraindo 21 participantes sendo 12 deles com um excelente nível técnico, o que proporcionou um excelente espetáculo para quem assistiu.
— Haviam muitos expectadores que nunca tinham visto atletas não profissionais jogarem daquela forma, houveram inscrições de alguns atletas que praticavam tênis de mesa no local que ficaram bestificados e mesmo tendo sido derrotados sem muita dificuldade pelos mais experientes, adoraram ter participado e poderem jogar contra pessoas mais fortes. Foi um verdadeiro espetáculo e em muitos momentos os expectadores ovacionavam os atletas após as trocações.

Com o sucesso do primeiro evento foi solicitado por alguns participantes que fosse levado a ideia para outro local onde haviam mais praticantes e também pessoas que gostariam de assistir atletas do nível apresentado na primeira edição, e lá novamente o evento foi muito bem recebido por uma platéia de expectadores ainda maior.
— Na primeira edição convidamos atletas pré mirins que tinham um excelente nível e deram um show na sua atuação, na segunda edição perguntaram pelos "meninos prodígio". Achamos incrível, pois tinha uma quantidade significativa de pessoas que estavam ali somente para prestigiar e assistir os jogos e havia uma outra enorme quantidade perguntando aos atletas onde eles treinavam, para poderem ir até lá pra conhecerem e começarem a treinar e também levarem seus filhos para ingressarem na modalidade. Foi realmente algo de arrepiar.

Premiação do 2º Torneio GATMI - As premiações personalizadas é um dos diferenciais da GATMI.
De acordo com o GATMI, seu projeto de expansão não irá parar por aí e ano que vem haverão surpresas e inovações que irão promover ainda mais a modalidade.
— Iniciamos com uma proposta e hoje temos algo concreto, queremos que mais pessoas vejam e interajam com esse esporte maravilhoso, não imaginávamos que teríamos uma repercussão tão positiva no primeiro ano e muito menos que os atletas mais experientes topariam e abraçariam a ideia e poderem participar de nossos eventos. Estamos muito empolgados e com as novidades que estamos preparando ampliaremos nosso foco também. Anotem nosso nome, pois vocês ouvirão falar muito dele no próximo ano. 
Criamos uma página no Facebook e quem quiser nos acompanhar basta curtir "GATMI" no Face e ficar por dentro de tudo. Quem quiser participar ou prestigiar nossos eventos as portas estarão abertas.


O GATMI mostra que para inovar e ter sucesso não precisa de muito mais do que força de vontade e boas ideias.

O TT Fire agradece a entrevista e deseja que no próximo ano realmente seja expandido ainda mais a nossa tão amada modalidade.
 

Dados de entrevista com Ramon Felix - Criador, idealizador e Presidente da GATMI / 04 de Dezembro de 2016/ Todos os direitos dessa matéria pertencem e são reservados a TT Fire Ltda.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

XIOM Itaquera conquista bicampeonato na Liga de Equipes 2016

Equipe Xiom Itaquera Bicampeã na Liga de Equipes 2016 (FOTO: Carlos Alberto Makiuchi)

Foram dois anos (2014 e 2015) sem que a XIOM Itaquera participasse de uma final, tropeçando nas semifinais por pequenos (ou mesmo grandes) detalhes. Um trauma que carregou em toda a competição de 2016. Um fantasma que surgia mesmo nos momentos mais difíceis de uma campanha que, no fim das contas, foi impecável. Ajustes aqui, contratações ali, a equipe se renovou, mas manteve a mesma essência em termos de incentivo e motivação. Resultado: se tornou única. Tão única que é a primeira bicampeã da Liga de Equipes e antiga Liga Inter Empresas.
Sua rival na final, a PHONOWAY Casa Verde, embora seja recordista em finais e também campeã de uma das edições, este ano chegou renovada e as expectativas, convenhamos, não eram de favoritismo. No ar e no coração de cada um, a responsabilidade estava nas mãos da XIOM Itaquera. Mas, as vitórias sofridas são mais gostosas e o sofrimento começou já no primeiro jogo, quando o principal jogador da PHONOWAY Casa Verde impôs um três a zero bastante confiante. Mas tudo estava dentro dos planos da XIOM Itaquera.
Olga Uehara e Athyla Naoki - Dupla Mista Phonoway Casa Verde (Foto: Carlos Alberto Makiuchi)
No segundo jogo da grande final o confronto de duplas mistas prometia. A dupla Considerada uma das melhores da competição (se não a melhor), a dupla mista da XIOM Itaquera parecia bastante sólida no primeiro set, vencendo por 11 a 8. Mas o drama começou no segundo set, quando perdeu por 12 a 14 e se alastrou até o quinto set, quando perdia por 6 a 9. De repente, a realidade surgiu: PHONOWAY Casa Verde vencia por um jogo o confronto, e a dupla mista da XIOM Itaquera estava perdendo o quinto set, assim, a equipe da zona norte abriria dois jogos a zero. Neste momento o clima era saudavelmente tenso, a PHONOWAY Casa Verde vislumbrava a sua capacidade de fazer milagres (tinha vencido a forte ex-campeã UCEG Guarulhos por 5 a 1) e uma luz começava a se acender naquele momento. Por outro lado, a XIOM Itaquera começava a acreditar que um pesadelo estava começando, as luzes iam se apagando.
A história deste final de jogo merece um parágrafo à parte. Porque foi aqui que a XIOM Itaquera colheu os frutos de todos os tropeços nos anos anteriores e reagiu de forma incrível vencendo o quinto set por 11 a 9. Incrível para quem não conhece a história da equipe. Incrível para quem não sofreu tudo que esta equipe sofreu. Só quem sentiu tanta dor sabe reagir como reagiu, num sem fim de emoções barulhentas ao seu redor. Ali a XIOM Itaquera se tornou única e praticamente invencível.

Elen Urasaki e Helder Sugaya - Dupla Mista XIOM Itaquera (Foto: Carlos Alberto Makiuchi)


Henrique Akira e Erick Yamamoto - Dupla XIOM Itaquera (Foto: Carlos Alberto Makiuchi)
Depois do turbilhão das duplas mistas, a XIOM Itaquera venceu os dois jogos seguintes com bastante facilidade e caminhava para fechar a partida no jogo de duplas. No ar e no coração de cada um dos presentes, sabia-se que a vitória praticamente garantida ou a derrota inevitável iria acontecer. Só que não. Pois a torcida da PHONOWAY Casa Verde resolveu não desistir, como nunca desistiu. Com a torcida da XIOM Itaquera praticamente comemorando o bicampeonato, formou-se um dos mais belos espetáculos vividos em toda a história da Liga de Equipes. O clima era de comemoração de cada ponto como se fosse o último ponto do campeonato. A arena se tornou um lugar vertiginoso e inesperado.
Inesperadamente, a dupla da XIOM Itaquera se viu perdendo por dois sets a zero, num dos melhores jogos de duplas visto até agora. Trocas de bolas incessantes, sets ganhos ou perdidos sempre por dois pontos e as emoções transformando os jogadores em verdadeiros gladiadores, chegando em bolas que não chegariam em situações normais. Mas a XIOM Itaquera havia vencido de virada na dupla mista e a esta altura já sabia da sua capacidade de superação. A XIOM Itaquera, naquele momento e por tudo que passou nos anos anteriores, no fundo sabia que venceria também esta dupla. Apenas e também sabia que assim o título de bicampeão da Liga de Equipes seria mais emocionante. E foi. E como foi. Era só ver um ex-atleta e técnico de seleção brasileira aos prantos abraçando os seus atletas após a vitória. Era só ver o time todo abraçado e apagando o passado que tanto fez sofrer, mas principalmente, tanto ensinou. Ensinou a vencer e ensinou a comemorar como eles comemoraram. Ensinou a superar-se e ensinou a ser único. Único bicampeão da Liga de Equipes.
Para a XIOM Itaquera o passado se foi e o futuro é incerto, mas o que isso importa? O importante agora é o presente e o presente deles é o melhor presente para qualquer atleta: ser campeão.
Equipe Xiom Itaquera comemorando a conquista do Bicampeonato (Foto: Carlos Alberto Makiuchi)


Disputa de 3º e 4º. Lugar

Bruno Oshiro e Felipe Sonoda (Foto: Carlos Alberto Makiuchi)

TOSHIRO Acrepa 4 x 2 UCEG Guarulhos

Na véspera da grande final, TOSHIRO Acrepa e UCEG Guarulhos disputaram o terceiro e quarto lugares da Liga de Equipes 2016. E o fizeram mais do que honradamente num confronto muito disputado onde as torcidas também e mais uma vez fizeram um espetáculo arrepiante.
Já no primeiro jogo, a UCEG Guarulhos venceu por três sets a um, mas o último set terminou em 14 a 12, mostrando que o atleta juvenil da TOSHIRO Acrepa deu muito trabalho a um atleta da Elite da UCEG Guarulhos.
A seguir, as duplas mistas protagonizaram um duelo bastante acirrado, resolvido somente no quinto set por 14 a 12 para a UCEG Guarulhos. Pronto. A festa estava começando. A equipe visitante vencia por dois jogos a zero e a TOSHIRO Acrepa precisava mais do que a garra dos seus atletas. O clima, sempre saudavelmente, ficou tenso. A TOSHIRO Acrepa precisava se superar para virar o jogo, mas a UCEG Guarulhos tinha ao seu favor uma escalação onde um dos seus melhores jogadores decidiria o sexto jogo. Tarefa difícil para os meninos de São Bernardo do Campo.
Bruna e Daniel Sazo - Dupla Mista UCEG Guarulhos (Foto: Carlos Alberto Makiuchi)
Mas como um prelúdio da final, a TOSHIRO Acrepa conseguiu virar o jogo em 3 a 2, precisando vencer justamente o sexto jogo para encerrar a partida. Assim, o atleta da equipe anfitriã começou bem, vencendo os dois primeiros sets mas deixou empatar perdendo os outros dois. Ponto a ponto, num já caldeirão, o quinto set se prolongou no tie break, vencido dramaticamente por 14 a 12 pela TOSHIRO Acrepa.
Com este resultado, a TOSHIRO Acrepa conquista o seu primeiro pódio com somente dois anos de experiência na competição e a UCEG Guarulhos sai de cabeça erguida mostrando que tem capacidade técnica e emocional para ser uma das melhores equipes da competição.
Isadora Miyuki e Thomas Uehara - Dupla Mista TOSHIRO Acrepa (Foto: Carlos Alberto Makiuchi)

CLASSIFICAÇÃO FINAL

1. XIOM Itaquera
2. PHONOWAY Casa Verde
3. TOSHIRO Acrepa
4. UCEG

Agradecimentos especiais à URUMA por ceder o espaço para as disputas das finais.

Texto: Carlos Alberto Makiuchi 

Final e Disputa de 3° e 4° Lugar na Liga de Equipes 2016/ Outubro de 2016/ Matéria publicada no grupo oficial da Liga de Equipes no Facebook

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

TheThona: uma inovação no Tênis de Mesa Nacional

Há muitos anos o cenário nacional de Tênis de Mesa segue um padrão muito parecido entre os formatos de seus torneios.  TheThona é um campeonato criado por Henrique Narita e Adilson Toledo que tem como proposito quebrar esse conceito e inovar dentro da modalidade no país, deixando os atletas mais perto de um torneio com formato com padrão Europeu onde a modalidade está anos a nossa frente.


Aproveitamos o embalo de crescimento e popularização pós-olímpica da modalidade e também o grande destaque e espaço que o TheThona vem ganhando entre os atletas e entrevistamos um dos criadores dessa grande inovação no Tênis de Mesa nacional.
Henrique Narita (Empreendedor e Atleta) nos contou um pouco mais sobre o TheThona e também dividiu conosco seu ponto de vista sobre diversos temas que giram em torno dessa tão amada modalidade que vem crescendo cada vez mais no Brasil. 
Narita e seu sócio tem como uma de suas metas, a valorização e crescimento pessoal dos atletas nacionais para que assim possam viver somente do esporte.
Com diversos parceiros e uma premiação muito deseja de R$25.000,00 o TheThona se mostra um diferencial entre os campeonatos nacionais mostrando que no Brasil também pode ser feito torneios de excelente qualidade e de alto nível seguindo padrões internacionais em seus formatos. 
No dia 15 de Novembro ocorrerá mais uma etapa desse grande evento.
Quem quiser assistir ao vivo e presenciar jogos de altíssimo nível, a etapa acontecerá no Complexo Esportivo Pedro Dell Antonia, localizado na rua São Pedro, 74 - Bairro de Silveira - Santo André.

Agradecemos ao Atleta Henrique Narita pela ótima recepção que nos foi ofertada para realização dessa entrevista.

Acompanhem a entrevista completa no vídeo abaixo:



Link Direto do YouTube - Clique aqui


Matéria: Marcos Tadeu Cianfa
Edição: Helvécio Damasceno


Entrevista com o atleta Henrique Narita/Thethona, Outubro de 2016. Todos os direitos dessa matéria pertencem e são reservados a TT Fire Ltda.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Harimoto Tomokazu - Um Chinês nascido no Japão


Com adjetivos como: "prodígio" e "talento excepcional", Harimoto Tomokazu, que completou 13 anos no final de junho, foi regado com superlativos no Japão e tem atraído as mais altas expectativas para a modalidade. Desde seu primeiro ano na escola primária, ele ganhou vários títulos nacionais e goza de uma atenção da mídia semelhante no Japão como as outras estrelas do mundo do Tênis de Mesa Japonês.


Origem e iniciação

 Harimoto nasceu em 27 de junho de 2003. Sua cidade natal é Sendai, em Miyagi Prefecture. Jogador classista, atacante e destro.
Apesar de sua pouca idade, o jogo de Harimoto não só atordoa profissionais de alto nível - como também frequentemente os derrota - Entre eles profissionais experientes como Jens Lundquist e Tan Ruiwu além de outros jovens em seu ápice como os jogadores da Bundesliga Hugo Calderano e Anton Källberg.
No ranking mundial com menos de 15 Harimoto atualmente está no #1 na categoria Sub-18 e #77 no Geral Masculino . Desde seu primeiro ano na escola primária, Tomokazu conseguiu se qualificar para os campeonatos japoneses e dominou várias categorias de idade. Apenas AI FUKUHARA, em eventos das meninas já havia tido um sucesso semelhante.

Tomokazu e família 

Os pais de Tomokazu são jogadores de tênis de mesa e cidadãos chineses. Seu pai, Yu, era um jogador nacional chines em sua juventude. Em 1998, ele foi para o Japão pela primeira vez, a fim de trabalhar como treinador na Cidade de Sendai no centro de Tênis de Mesa Local.
Sua mãe Ling, foi um grande talento de tal forma que ela competiu no Campeonato Mundial em 1995 como um membro da equipe nacional chinesa.
Ter pais com tal fundo, não é de surpreender que Tomokazu começou a jogar Tênis de Mesa com apenas 2 anos de idade.
Sua mãe Ling que ensinou para Harimoto os primeiros passos e as noções básicas do tênis de mesa explica:

"No início, quando você começa com tênis de mesa, é muito importante não ser colocado para aprender aspectos técnicos em primeiro plano, a ideia principal é despertar a curiosidade, desejo e paixão pelo esporte. O desejo e amor pelo tênis de mesa é essencial para que as crianças continuem por conta própria e tenham a vontade de ser melhor. No entanto também é importante para o desenvolvimento, é importante manter um olho sobre o estilo de jogo correto e técnica desde o início. Harimoto ama torneios - e odeia perder. Se há algo que distingue o Harimoto é que ele mantém o mais alto nível de concentração em qualquer jogo contra qualquer oponente até a última bola. Esta é provavelmente uma das principais razões que ele pode sobreviver em um longo torneio usando suas habilidades técnicas completas e seu alto nível de concentração. Meu desejo para o futuro é que ele permaneça persistente e determinado, enquanto pratica os treinos para desenvolver sua técnica ".

Carreira e Conquistas

Com idade entre três anos e quatro meses ele participou de um torneio de nível municipal pela primeira vez e terminou em quarto lugar na competição Sub 8. Com idade de seis anos, pouco antes de sua matrícula na escola primária, ele ganhou a seletiva  Sub 8 da prefeitura e pela primeira vez jogou no Campeonato Japonês onde ficou entre os 16 melhores.
Um grande primeiro sucesso; hoje em dia Tomokazu tem os olhos fixos em busca do sucesso e por mais que não pareça a derrota o afeta mais do que você imagina.
"Esta experiência me deu o pontapé decisivo para me dedicar totalmente ao Tênis de Mesa."
No ano seguinte Harimoto ganhou o título Under 8 no Campeonato Japonês na categoria Sub 8.
Resultados como esses mostrram que um grande talento estava prestes a florescer. 
Ele permaneceu bem sucedido em nível nacional nos dois anos seguintes - nomeadamente na categoria Sub 10; durante o terceiro ano da escola primária. Com nove anos de idade, ele se tornou o mais jovem participante no evento Singles Boys Junior no Campeonato Nacional Japonês.

No Aberto da Polônia em outubro de 2015 ele se tornou o jogador mais jovem a avançar para a primeira rodada do Individual de um "Men World Tour da ITTF".
Em junho de 2016, 10 dias antes de seu 13º aniversário, ele acrescentou mais um recorde no Japan Open 2016 derrotando o compatriota Kohei SAMBE, ganhando a final do evento Individual no Sub 21. Ele é o jogador mais jovem a ganhar esse título.
"Eu fui capaz de jogar perfeitamente na frente de uma multidão em casa e estou feliz e orgulhoso de ter quebrado o recorde idade também, meu maior sonho é ser campeão olímpico em 2020, nas olimpíadas de Tóquio."
Ao perguntarmos qual é a fonte desse talento, Tomokazu nos revelou que sua vontade e determinação de vencer sempre o dominou:
"O desejo de vencer me domina não só quando eu jogo contra atletas da minha categoria, esse desejo me domina até mesmo em partidas contra jogadores muito mais velhos."

Em Abril deste ano, Harimoto Tomokazu deixou sua cidade natal Sendai para mudar para o JOC "Elite Academy", em Tóquio. Uma instituição criada pelo Comitê Olímpico Japonês para ajudar jovens talentos a desenvolver o seu potencial na educação e desporto; preparando assim para competirem nas competições internacionais.



MATERIAL DE HARIMOTO

Há vários itens em que Harimoto presta especial atenção com relação ao seu material: Em primeiro é a boa velocidade e desenvolvimento spin, em segundo lugar o bom contacto com a bola.
"No forehand é crucial um material bom para eu dar a rotação na bola, a fim de ser bem sucedido em duelos topspin. No backhand eu preciso uma esponja um pouco mais suave, a fim de controlar e puxar o contra-ataque ".


LÂMINA
Sua lâmina é uma madeira especial Butterfly com Arylate carbon e tecnologia de fibra interior. Anteriormente, ele jogou com um ZLF-blade, uma das séries de fibra interior. Com entrada no ensino médio, ele ficou com uma lâmina de tecnologia de fibra de interior, mas desta vez com Arylate-carbon.
"Para me manter bastante perigoso em rallys mais longos eu precisava de uma lâmina que tivesse mais velocidade e rotação do que as anteriores."

BORRACHAS
Ele escolheu TENERGY 80 como a borracha de seu Forhand, devido ser melhor para o equilíbrio de velocidade e rotação. Anteriormente ele jogava com uma TENERGY 64, mas devido ao desenvolvimento de seu ritmo optou pela mudança.
"Com a TENERGY 80 é mais fácil para eu fazer topspin não só é bastante rápido, mas também com mais rotação. Eu também sinto que tenho mais controle sobre a bola durante a trocação de Overdrive. ", Diz Tomokazu.
No backhand que ele joga com TENERGY 05 FX.
"A esponja é muito macia e me dá um ótimo controle de bola."



10 perguntas para Harimoto Tomokazu

1- Como você se descreveria?
Provavelmente tão arredio e tímido (risos).

2- O que você vê como sua base no tênis de mesa e quais seus pontos fortes?
Sempre quero e vencer. Não importa quem seja o adversário.

3- Qual foi o sua melhor partida até agora?
Foi no ABERTO DA POLÔNIA em 2015 contra TAN Rui Wu da Croácia. Eu consegui me recompor mentalmente no ultimo set após TAN se recuperar de 1-3.

4- Que jogador você mais admira?
FAN Zhendong (China).

5- Quem é o seu amigo mais próximo?
Tonin Ryuzaki, eu achoa. Ele também estuda no Elite Academy JOC (e na Universidade Teikyo). Muitas vezes dividimos o mesmo quarto (risos).

6- De todos os países onde já esteve, havia algo muito especial em algum deles?
Sim, na Suécia, porque eu achei as cidades muito bonitas e eu também estava em grande forma.

7- Você tem hobbies?
Sim, adoro ler Connan-Comics, por exemplo (risos).

8- Quais são as suas metas para um futuro próximo?
Uma vitória na competição Sub-18 durante os próximos campeonatos japoneses.

9- Qual é a sua impressão sobre a BUTTERFLY?
Para mim, Butterfly é a marca top entre os fabricantes de tênis de mesa mundiais e possuem os melhores jogadores sob contrato.

10- O que o tênis de mesa é para você?
Minha vida


Entrevista concedida por Butterfly Japan. Traduzida e distribuída por TT Fire Ltda.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Ai Fukuhara & Chiang Hung Chieh confirmam casamento

A estrela japonesa do Tênis de Mesa, Ai Fukuhara esteve mais uma vez nas manchetes depois que ela, junto ao seu marido Chiang Hung Chieh, confirmaram seu casamento em uma conferência de imprensa. Chiang usava um terno formal, enquanto Fukuhara estava linda vestindo seu quimono. Na conferência de imprensa, ambos compartilharam seus planos no futuro como um casal e também exibiram seus anéis de casamento. 

Chiang Hung Chieh e sua esposa Ai Fukuhara na conferência de imprensa de hoje. (Foto da Sina Sports)

Ai Fukuhara surpreendeu seus fãs e toda a comunidade de tênis de mesa, quando ela anunciou sua relação com o chinês de Taipei Chiang Hung Chieh antes dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, ela também anunciou ao público que eles já tinham planos de casamento em breve.
No entanto, seu plano para obter o seu relacionamento para um nível superior não ia tão bem quanto eles queriam. Eles foram contestados após a imprensa japonesa reportar que alguns funcionários da Associação Japonesa de Tênis de Mesa eram contra a relação de Ai Fukuhara com Chiang por acharem que a relação atrapalharia o trabalho de preparação para as olimpíadas de Tóquio em 2020.
Apesar dos rumores, foi relatado que o casal aplicou sua licença de casamento em Tóquio várias semanas após os aplausos e a alegria no Rio de Janeiro.
Hoje, Ai Fukuhara e Chiang Hung Chieh formalmente confirmaram em uma conferência de imprensa que se casaram dia 1 de setembro em Tóquio, cidade capital do Japão.


Ai Fukuhara em um tradicional quimono japonês durante a conferência de imprensa hoje. (Foto do Weibo de Fukuhara )

Anel de casamento de Ai Fukuhara , que foi concebido por seu marido . (Foto da Sina Sports)


"Ele (anel) representa que Ai é minha primeira e única", disse Chiang.
Ele explicou que ele, pessoalmente, desenhou o anel para ser exclusivo. Foi relatado que o anel tinha um padrão que retrata o tênis de mesa.

O casal assegurou aos fãs que eles vão continuar com suas carreiras atléticas. Ai Fukuhara é esperada para defender a equipe japonesa nos próximos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020.

"Obrigada a todos pelas bênçãos. Vamos incentivar uns aos outros e torcer juntos ", disse Ai Fukuhara.

Chiang Hung Chieh disse também:
"Vou apoiar Ai Fukuhara para que ela possa jogar sempre melhor. Sinto-me confortável e caloroso quando estamos juntos. "


Foto de Weibo de Fukuhara

O TT Fire dá os Parabéns e deseja felicidades para os recém-casados!



Matéria concedida e traduzida de ITTF News

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

"PINO" - Vilão ou Inimigo Psicológico?

Independente do nível técnico, um dos maiores problemas para boa parte dos Mesatenistas são os temidos Pinos externos. Muitos jogadores tem dificuldades em jogar contra os pinos externos devido a não compreensão de com que efeito a bola volta quando é golpeada por eles.



Pode parecer fácil e até ser taxado de "apelação" para quem usa, porem apesar de ser uma arma muito efetiva quando se sabe usar, em mãos erradas se torna basicamente inútil.
Para melhor compreensão e entendimento sobre o assunto fizemos perguntas para um dos jogadores que mais intrigam com seu estilo de jogo por ganhar de grandes nomes da modalidade nacional de maneiras mais que incompreensíveis.
Henrique Kimura é um atleta federado que atua na Federação Paulista de Tênis de Mesa (FPTM) representando Jundiaí. Conhecido entre os mesatenistas como "Bruxo", coleciona diversos títulos e vitórias sobre atletas de altíssimo nível como: Rodrigo Yonesake, Matheus Shimoki, Emerson Maeda, Fabio Arasaki, Vitor Bibiano, entre outros. Em 2016 conseguiu alcançar o 2° Lugar na categoria Adulto e 4° Lugar na categoria Especial do 66° Campeonato Intercolonial Brasileiro realizado na cidade Maringá/PR em janeiro desse ano.
Fizemos algumas perguntas para entendermos um pouco mais sobre seu estilo de jogo.

Henrique Kimura dando entrevista em algum de seus campeonatos.
Você sempre jogou de Pino ou optou pela mudança após já ser atleta formado?
Não comecei direto jogando com pino, em 2007 ou 2008 quando eu comecei eu usava uma raquete caneta redonda com borracha lisa, fui colocar pino somente em 2011. No começo usava pino com esponja depois passei a usar pino sem esponja (Pino OX). Quem pediu para eu mudar para pino foi meu técnico Edson Yabuuti, que nos deixou esse ano no dia 3 de abril. Aprendi tudo o que sei no Tênis de Mesa com ele, claro que aprendi algumas coisas pesquisando também, porém meu grande mestre foi ele.

Diferente dos jogadores estilo Kato, você adere um estilo diferente que tem como característica ficar perto da mesa defendendo o adversário com seu pino. Com esse estilo você tem mais dificuldade em jogar contra jogadores defensivos ou ofensivos?
Com certeza para o meu estilo é mais difícil jogar contra jogadores defensivos, como meu jogo é baseado em bloqueio e é um pouco mais lento, quando pego alguem que joga mais ou menos no mesmo estilo o jogo fica um pouco mais cansativo e demorado. Claro que depende do nível do adversário também, já joguei contra kateiros que o jogo demorou muito como também já joguei contra adversários defensivos onde eu consegui jogar e ganhar sem muita dificuldade. Mas no geral, é bem mais fácil para eu jogar contra os atacantes, facilita muito.



Henrique Vice-campeão na categoria adulto no Intercolonial 2016.
Sabemos que você já derrotou grandes nomes da modalidade, entre eles alguns são ou foram da seleção Brasileira de Tênis de Mesa. Tem alguma tática que você aplica para ganhar dessas feras ou você apenas neutraliza seus ataques?
Na verdade, eu não aplico uma tática especifica nos jogos, eu jogo o primeiro set e dependendo do jogo do adversário eu mudo a estrategia seguindo na defesa e amortecendo, sempre controlando as bolas com efeito ou bolas fortes, caso haja obrigação de mudar aí eu altero um pouco, mas no geral é ficar boqueando, defendendo e deslocando o adversário usando o pino até ganhar o ponto ou sobrar uma bola boa para que eu tente finalizar atacando. 


Que material você está usando atualmente?
A borracha lisa estou sempre mudando para ir experimentando coisa nova até que um dia eu encontre uma que se enquadre cem por cento no meu estilo de jogo. O Pino Longo já estacionei no Alligator da Donic, já faz um tempo que estou com ele.
Minha madeira que não faz muito sentido é uma Zetro Quad da Xiom, teoricamente era para ser rápida, porem justamente a minha veio lenta, até tentei troca-la no site na época, porém me disseram que isso não se enquadrava em defeito de fábrica o que pra mim a longo prazo acabou sendo bom. Um azar que se transformou em sorte.

Você se inspirou em algum atleta para jogar da forma que você joga? Em que atleta você se espelha?
Pra falar a verdade não tem ninguém não viu. Foi um estilo que fui descobrir com meu técnico Edson Yabuuti mesmo, claro que depois pesquisando pela internet encontramos mais alguns anônimos, tem uma chinesa naturalizada australiana e também a Li Xialian que ficou conhecida nas olimpíadas como a “Vovó do Tênis de Mesa” que tem um jogo parecido, porem foi um estilo que adaptei por conta mesmo.


Kimura 4° colocado na categoria Especial do 66° Campeonato Intercolonial
É preciso jogar bonito pra ser um bom atleta?
Uma frase me veio à cabeça: “Jogar bonito não ganha jogo”. Acredito que jogar bonito e obter bons resultados são coisas diferentes – não estou dizendo que não se pode conseguir bons resultados jogando bonito – mas para mim o foco é resultado, e, onde encontrei os melhores resultados foi nesse estilo visualmente menos atrativo (risos). Jogar esse estilo com pino em cima da mesa não é fácil e não são muitos que jogam assim, por mais que não seja um jogo bonito de se ver é preciso muita habilidade e feeling pra poder jogar assim.


Klaus Bergmann, técnico de jundiaí passando orientações para Henrique Kimura
  
Pra finalizar, você tem alguma dica para esses novos atletas que estão iniciando ou se empolgaram à conhecer o esporte após as olimpíadas.

Que o pessoal novo que está começando a jogar agora, busque alternativas de materiais diferentes, tais como: pinos ou anti-spins e não esse negócio de somente borracha lisa. As vezes a pessoa tem habilidade pra “domar” esses materiais pouco usados e consigam crescer bastante nesse estilo. Tem que experimentar, afinal nunca vai saber se dá certo ou não se não fazer o teste e não estou dizendo em tentar uma semana e depois tirar, pino tem que insistir e é chato mesmo pra acostumar, lembrando que jogar com pino perto da mesa não é dar kato e seu tempo de reação é menor, qualquer movimento errado a bola sobe de presente pro adversário ou então vai na rede, leva-se tempo para adquirir esse “Feeling”, não pode desistir.
E pra finalizar, não se deixem levar por esses mitos de que “Pino é coisa de velho” ou que “Pino é pra quem não sabe jogar”, pois cada um se adapta melhor ao seu estilo de jogo.




Dados de entrevista com o atleta Henrique Kimura, 06 de Setembro de 2016. Todos os direitos dessa matéria pertencem e são reservados a TT Fire Ltda,






domingo, 4 de setembro de 2016

Hugo Calderano: O Menino Prodígio


Hugo Marinho Borges Calderano é um mesatenista brasileiro nascido no Rio de Janeiro no dia 22 de Junho de 1996.
Aos dois anos de idade, ele já era colocado em cima de uma mesa de ping-pong para tentar rebater as bolinhas e seis anos depois, o carioca nascido no Flamengo começou a treinar e disputar torneios de tênis de mesa e vôlei simultaneamente e também competir no atletismo, todas as modalidades pelo Fluminense.
Campeão carioca pré-mirim no salto em distância e integrante da seleção carioca de vôlei aos 12 anos de idade (modalidade em que também foi campeão) Hugo era literalmente um atleta nato. A decisão de seguir apenas com o Tênis de Mesa aconteceu aos 13 anos, quando Hugo conquistou o título sul-americano na modallidade.
— Sabia que uma hora teria que decidir. Escolhi o Tênis de Mesa não só porque gostava mais, mas também por já fazer parte da seleção brasileira, viajava para outros países, era mais divertido — relembra Calderano em entrevista.
Apesar da pouca idade, tomar decisões havia sido rotina para o mesatenista, que aos 14 anos deixou a família no Rio e se mudou para o centro de treinamento da seleção brasileira, em São Caetano:
— Foi bem difícil sair de casa, complicado meus pais deixarem eu treinar em outra cidade e morar longe deles. Mas eles sabiam que era isso que eu queria e me apoiaram muito. Eu sabia que teria que ir para lá se quisesse crescer. Meu avô foi morar comigo.

Antônio Borges mudou-se com Hugo Calderano, para ajudar o neto na fase de adaptação longe de casa.
Desde que se mudou para São Caetano, Calderano passou a disputar competições na Ásia e na Europa. Aos 16 anos, o atleta fez um estágio na Alemanha, até que o técnico francês Jean-René Mounie, da seleção brasileira, o convidou para fazer um intercâmbio fora do Brasil.
Desde outubro de 2014, o jogador mora na cidade alemã de Ochsenhausen, que tem pouco mais de oito mil habitantes.
A adaptação ao novo país foi outro obstáculo superado.
— No início foi bem difícil, já estava acostumado a morar longe da família, mas em outro país é diferente. Sorte que sou muito focado nos meus objetivos e estou muito bem adaptado — garante o tricampeão latino-americano, título conquistado em Porto Rico.
Saudade dos pais, da irmã e dos amigos à parte, Calderano, apesar de ser carioca, diz que se identificou com a pacata Ochsenhausen.
— Sempre gostei de tranquilidade, sinto muita falta do Rio, mas tem um lado bom, eu me sinto bem aqui, percebo que as pessoas gostam de me ver jogando — observa.

Hugo representando Liebherr Ochsenhausen time qual ele representa na Bundesliga atualmente.

Treinando, em média, seis horas por dia, o filho dos professores Marcos (de Educação Física) e Elisa (de inglês) gosta de jogar videogame nas horas vagas e costuma ir ao clube em Ochsenhausen (Onde joga atualmente) de bicicleta. Mas seu maior hobby é o cubo mágico, em que coloca em prática o raciocínio rápido, tão importante no tênis de mesa:
— Quando eu tinha 10 anos, meu pai me ensinou a montar. A partir daí, gostei e quis ficar cada vez mais rápido. Hoje, consigo fazer em 8,2 segundos - diz o Mesatenista.

Atualmente após disputar sua primeira Olimpíada no Rio de Janeiro em 2016 onde foi derrotado nas oitavas de final pelo japonês Jun Mizutani (5° do Ranking ITTF) por 4x2, Hugo obtêm  a melhor posição de um Latino Americano no Ranking Mundial da ITTF, na marca de 31° rankeado entre os mesatenistas de todo o mundo.